quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Avaliação de professores

Foi hoje aprovado o diploma que define os critérios de avaliação dos professores.

Em linhas gerais a ministra referiu as dimensões que serão consideradas e os intervenientes no processo. Ficam por esclarecer os critérios e os objectivos ultimos desta importante ferramenta de qualidade e regulação.

Contudo, o potencial desta avaliação fica muito reduzido se olharmos para os resultados para decidirmos se e como os professores podem prosseguir na carreira.

Desconheço ainda a totalidade do diploma, mas assim que estiver disponivel, vou procurar estar atento!

Vejamos o que sai...

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Eles é que sabem I

“Qualquer idiota é capaz de fazer as coisas maiores, mais complexas, e mais violentas. É preciso génio – e muita coragem – para caminhar na direcção contrária.”

Albert Einstein, cientista (1879-1955)

domingo, 21 de outubro de 2007

Estás morto, estás morto!

Num fim-de-semana em que fui "brincar" às guerras, a frase que mais se ouviu nos diversos cenários é a que aparece no titulo deste post.

Soltamos as "feras" que temos dentro de nós e, de forma controlada, deixamos que a agressividade seja posta de forma competitiva contra um conjunto de pessoas que têm o mesmo objectivo, vencer a todo o custo e controlar o "inimigo".

Durante um desses "combates" ocorreu-me que de facto a adrenalina é alta e a emotividade também, mas como será discutir uma estratégia sabendo que se corre o risco de levar com uma bola real, das que fazem sangue e matam...

Enfim, depois de atingidos com a bala de tinta, levantamos a aula e dizemos de pronto: - Estou morto!

A partir deste momento deixamos de ser alvos e calmamente abandonamos o cenário até o próximo "combate" começar.

Ao senhores da guerra deixo a sugestão, joguem paintball que a coisa resolve-se...

sábado, 29 de setembro de 2007

Quando um ciclo acaba...

Tenho por hábito considerar que ninguém é insubstituivel nas funções que ocupa ou desempenha. Algures, num Universo tão extenso e vasto de profissionais desempregrados, existirá outra pessoa com capacidade de levar o barco a bom porto, seja que barco for.

Termina um ciclo de ano e meio em que as alegrias foram mais intensas e genuinas que as tristezas, foi um ano e meio em que, lado a lado com mães e filhos, construiram-se projectos de vida e finais felizes...

Foi um ano e meio em que cresci, vi crescer e vivi, sem a menor dúvida, a vida de 16 extraordinárias crianças com tanto amor e carinho como o que um "técnico" pode dedicar e investir no seu trabalho...

Fica a memória das pessoas, algumas, e a saudade dos sorrisos, os sorrisos que fazem valer a pena, os sorrisos daquelas mesmas extraordinárias crianças com quem privei, dia e noite.

Termina um ciclo... inicia-se outro!

São as leis da vida...

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Momentos...

Hoje, um miudo perguntou:
- Quando eras mais novo fazias muitos disparates?
Eu sorri e repondi:
- Alguns, mas, não muitos!
Ao que ele prontamente acrescentou:
- Ias para o quarto jogar PSP ou para a Internet às escondidas?
Voltei a sorrir, agora com maior vigor, e disse-lhe:
- Então, fazia muitos disparates... só que de outra natureza!

O puto, sem perceber o que lhe acabara de responder, abanou a cabeça e pirou-se para junto dos colegas jogar... PSP!

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

O meu trabalho!

O meu trabalho é desgastante, cansativo e violento...
O meu trabalho requer disponibilidade, vontade e crer...
O meu trabalho implica sinceridade, integridade, respeito e caracter...
O meu trabalho não implica o senso comum...
O meu trabalho implica estudo...
O meu trabalho depende de uma equipa, da sua organica e complementariedade...


O meu trabalho, todos os dias, vale mil sorrisos...

O "deles" e o meu...

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Na Alemanha...

... os pequenos almoços são muito bons...
... os almoços e jantares são muito caros...
... a água é com gás, sem gás só na torneira ou por muitos euros...
... a língua é muito dificil...
... as pessoas não são todas loiras, ou altas, ou com olhos azuis...
... algumas pessoas são muito simpáticas...
... não são todos "nazis"...
... são excessivamente organizados, mas...

... OS COMBOIOS CHEGAM ATRASADOS!

domingo, 19 de agosto de 2007

Educares

Começou por ser um projecto, que em pouco tempo se transformou numa Fundação de nome EDUCAR. A ideia não pegou...

Não tínhamos recursos materiais, financeiros, humanos, fossem quais fossem... Tínhamos só a vontade de fazer alguma coisa pelo estado das coisas, algo significativo, nosso!

Entrámos em estágio, uma semana no tranquilo Algarve de Abril, definimos prioridades, estratégias e projectos.

Do EDUCAR, foi um pulo até ao EDUCARES, que se instalou provisoriamente até algo melhor surgir. A Fundação, gentilmente, deu lugar a um centro particular, que mais tarde, muito mais tarde se viria a chamar Centro de Intervenção Educativa para a Criança, a Família e a Escola.

Faltava um símbolo, pedimos ajuda e... voilá, a Educares é mais Educares porque já tem um rosto! Um belo rosto.

Entretanto o carácter provisório do nome EDUCARES, torna-se definitivo!

Faltava-nos um espaço, uma sede física onde a Educares ganhasse corpo... mas, para quê? A nossa forma de estar diz-nos que tanto melhor é a intervenção quanto mais se centrar nos diferentes contextos e não no indivíduo.

Vamos então criar uma morada, um espaço na Internet, onde todos os que nos quiserem encontrar o possam fazer à distância de um clique... Estamos em www.educares.com.pt.

Ganhamos cada vez mais forma, força e vontade...

Nasce a Educares, que a partir de Setembro começa a trabalhar como todos aqueles que a procurarem, in loco, nos diferentes contextos, de forma integrada e multidisciplinar.

Procurem-nos!

Sitios de cá...














(Foto by t. 07. Ago. 2007, Aveiro)

segunda-feira, 11 de junho de 2007

O Urinol do Duchamp

Estive a pensar nos grandes acontecimentos que marcaram a história da humanidade, tanto pela sua singulariedade, como pelo su impacto. Momentos que alteraram ou influenciaram significativamente a forma de pensar e estar em sociedade.



Incontornavelmente fui dar ao urinol do Duchamp...

domingo, 10 de junho de 2007

Os interesses (meus)...

As ciências que estudam o homem, que procuram respoder a questões relacionadas com o seu funcionamento social, psicológico e fisico são poucas, ou, raras vezes intergradas umas nas/com as outras. Antes, assumem-se como subdisciplinas de um mesmo objecto - o homem - que nunca se tocam. Permanecem em pequenas ilhas de conhecimento que criam com base em alicerces que poucas vezes aparecem citados. São criadas "linguagens" tão diferentes e distintas que impossibilitam a intercomunicação entre os campos.

A meu ver, o homem assume-se como objecto de estudo na sua totalidade e, embora seja importante estudá-lo e compreendê-lo nas mais diversas dimensões, é fundamental contruir e pensar um modelo que lhe dê unidade, que relacione as diferentes dimensões e nos dê uma compreensão alargada da sua relação. O todo é diferente da soma das partes...

Compreender o homem no seu contexto e analisá-lo na sua individualidade, quer como individuo, quer como especie, dará, indubitavelmente, uma leitura mais correcta do que fomos, do que somos e do que puderemos ser...

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Há quem diga...

Tenho amigos que dizem que uma vez gay para sempre gay!

Eu digo que uma vez de mota, para sempre de mota!

É a L O U C U R A !!!!

sexta-feira, 1 de junho de 2007

As provas de aferição

Não há muito tempo, em conversa com uma professora "aferidora", ouvi alguns lamentos e tormentos que vão na alma dos professores, pelo menos dos professores que pertencem ao seu grupo de trabalho...

A primeira pergunta, desde logo muito pertinente, foi: Mas estas provas servem para aferir o quê? Viu as provas? Aquilo não tinha jeito nenhum... Sorri e, humildemente, respondi-lhe com o meu silêncio.

A sua preocupação, legitima por sinal, é que pelo que havia percebido nas diversas reuniões de grupo, juntamente com o supervisor, esse ser misterioso que supervisiona, certamente por ter larga experiencia na aplicação destas provas, as discussões em torno dos critérios de correção das provas revelaram-se inuteis e tremendamente subjectivas. Segundo essa professora, o problema é que os ditos critérios são muito subjectivo e dependem da individualidade de cada corrector (é que os miudos são todos iguais! Ou não?). Para acrescentar à dificuldade da subjectividade interindividual, há ainda o grande problema na variabilidade de critérios que conduzem a uma enorme confusão, é que, segundo ela, as coisas deviam ser divididas em a) sabe, b) sabe mais ou menos e c) não sabe. Ao que parece os códigos são tantos que tudo, mas mesmo tudo é considerado, ou seja, um aluno que não faça a minima ideia do que está a responder ou fazer, pelo simples facto de escrever alguma coisa já leva um pontinho... de pontinho a pontinho lá vai a galinha enchendo o papo!

Eu pergunto-me: Quem é que nós pretendemos enganar? Tantos recursos gastos, sem se saber bem porquê nem para quê... Nem é tanto pelos miudos, mas sim pelos professores que já têm tão pouco tempo para estar com os seus alunos, para poderem diferenciar o seu trabalho, que ainda lhes tiram mais um bocadinho... E claro, as árvores, é que para imprimir tanto papel foi preciso muito abate de árvores. Se ainda fosse reciclado... Ai a minha visicula...

O Carlos Paião é que tinha razão, "reclamar faz mal à visicula", mas calar não me calo...

O "novo" conceito de Invoção e Qualidade

Ontem, enquanto me deslocava de carro, tive oportunidade de acompanhar o debate mensal com o sr. primeiro ministro no parlamento. O tema escolhido foi o do acesso à inovação e tecnologias por parte de todos aqueles que se encontram em formação.

Sucintamente, foi apresentado que estudantes, professores e trabalhadores em formação no porgrama novas oportunidades terão acesso a computadores portateis e internet em condições muito vantajosas. Computadores até 150 euros para todos, consoante o escalão a que pertençam e internet até 5 euros mais barata, também midiante o escalão a que pertençam. Aplaudo a medida, mas...

Não sei se valerá a pena acrescentar muito mais, e certo de que a medida de proporcionar que estudantes, professores e trabalhadores no programa novas oportunidades, tenham acesso a computadores portateis e à internet em condições vantajosas é uma boa medida, só questiono... Será que é essa a prioridade na nossa educação? Não existirão outros temas e outras carencias que merecerão um investimento semelhante ao que vai ser feito? O que acrescenta na realidade este medida à qualidade do nosso ensino, da nossa educação? Ai este umbigos..

quarta-feira, 30 de maio de 2007

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Coisa que gostava de ser...

Algo que me satisfaz é olhar para o meu percurso e sentir que teria tirado exactamente a mesma licenciatura, exactamente na mesma faculdade. Adoro a minha segunda casa...

Posto isto pus-me a pensar no que eu gostava de ser nas opções que a minha formação me possibilita. Uma vez perguntaram-me: "O que é que te imaginas a fazer daqui a 10 anos?". Desta fez ninguem me perguntou, mas eu pensei no que eu gostaria de fazer daqui a já alguns aninhos...

Gostava de ser professor, um bom professor...
Gostava de ser investigador, um bom investigador...
Gostava de saber muito...
Gostava de continuar a fazer o que faço... trabalhar com miudos, pais e "escolas"...

Em todas elas, o que eu gostava mesmo era de marcar a diferença, a chamada diferença pela "positiva"...

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Quando nos "puxam" as orelhas

Hoje "puxaram-me" as orelhas, não doeu, mas custou...

Não gosto de falhar por "maçariquice"...

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Era uma vez...

No meu trabalho, ou pelo menos num dos meus trabalhos, tenho a oportunidade de acompanhar de perto o crescimento e desenvolvimento de 12 crianças cuja sorte lhes foi madrasta e que pouco a pouco lá vão recuperando a esperança de um projecto de vida que lhes devolva a tranquilidade necessária para crescerem, para "serem".

De todos os momentos do dia, entre o levantar, o lanche, os trabalhos de casa, a brincadeira e o deitar, o último é aquele de que gosto mais. É ao deitar que os fantasmas se vão embora e dão lugar ao sonho, ao sonho que é acompanhado por uma história e outra e mais outra... Dou-lhes a fantasia para "viverem" uma outra história, que pode muito bem vir a ser deles. Os corpos agitados dão lugar a uma respiração profunda e a um pestanejar cada vez mais lento, mais pesado... Embalam na fantasia que lhe deixo à porta...

terça-feira, 1 de maio de 2007

As "chouriças" da avó Alice

Em meados do mês de Novembro conheci a avó Alice... Uma avó tipica do interior, com muitas histórias, malandrices e marcas visiveis do envelhecimento que já pesam, mas não muito.

Como boa transmontana que é, a avó Alice sabe de tudo um pouco relativamente aos saberes da "terra", aos saberes de quem lavrou a terra. Certo dia, já não me lembro a que propósito, começámos a falar de animais, de como se cuidam dos animais. Descobri então que também sabe de tudo um pouco sobre animais...

Dos animais à comida foi um pulo, desde os "milhos" até às "cascas", falámos de tudo (que bem que sabem os "milhos" e as "cascas").

Hoje em dia já não falamos de tudo, o tema das nossas conoversas é quase sempre em torno das alheiras e como fazê-las em terras de cá, aproventando a sua presença em Lisboa. Ao que parece o processo de preparação e "montagem" de uma alheira é vasto e complexo (como quase todos os processos). Fiquei a saber, entre outras coisas, que as alheiras em Trás-os-Montes são feitas com sebas (porco gordo pronto a ser sebado) e que se utilizam as parte do bucho (dificil explicar), courato e pescoço do já mencionado bicho, entre outras coisas.

A avó Alice não vira cara ao trabalho, mas oferece sempre algumas resistências à execução do meu plano para a manufactura das alheiras. A primeira prende-se com a seba, ou seja, onde é que eu arranjo um porco(a) sebado e pronto a utilizar para as alheiras. Disse-lhe que ia a um talho, mas parece que não é a mesma coisa. Mesmo tendo a seba, parece que continuavam a faltar as tripas para encher com o a carne da alheira. Disse-lhe que também ia a um talho. O próximo obstáculo, para além da seba e da tripa seria arranjar um enorme alguidar onde pudessemos fazer a mistura de todos os ingredientes e mais um espaço onde as pudessemos secar... Arranjei-lhe uma garagem (não a minha) e um braseiro (também de outra pessoa) para as secar... mas, mesmo assim, não a consegui convencer!

Ainda não desisti de fazer as ditas alheiras em Lisboa, mas já me consola o convite para as fazer por altura de Novembro/Dezembro em terras transmontanas, onde a avó Alice me ofereceu 15 dias de estadia para as fazer...

domingo, 29 de abril de 2007

Em Santa Comba...

... ou se tem memória curta...
... ou se está muito mal com a vida...
... ou por principio amam-se os filhos da terra...

Eu acho que é de desconfiar...

terça-feira, 24 de abril de 2007

O Verão e os cheiros...

Ontem, enquanto saía do meu local de trabalho, pela 20h30m, fui invadido pelo cheiro de erva seca caracteristico do tempo quente. Ao cheiro juntou-se uma brisa primaveril e eu reconfortei-me com um sorriso... Que bem que soube!

sexta-feira, 20 de abril de 2007

"Portuguesices" e outras coisas mais

Recentemente, na livraria da Faculdade onde tive o previlégio de estudar na minha formação inicial e onde agora continuo a percorrer o caminho para me tornar, cada vez mais, "mais" e melhor profissional, encontrei um livro que logo me despertou curiosidade e vontade de ler.

Aproveitando o facto de, na altura, ir fazer uma viagem longa de comboio até à Guarda não hesitei em comprá-lo e levá-lo para uma leitura que esperava divertida. É verdade que não li tanto como desejava na viagem, debrucei-me antes sobre a actualidade do pais, que, invariavelmente, falava do já intitulado "caso sócrates". Li os signos, para ver a minha sorte no evento que se advinhava e só depois comecei a ler o tal livro que decidi comprar e levar comigo de viagem.

Belo prefácio escrito por Augusto Reis Machado, até então desconhecido, que faz uma bela e suculenta reflexão sobre o facto natural e o facto histórico. Enquadra a experiência como confirmação da suposição que passa a ser real quando experenciada e diz-nos ainda que como as experiências são variaveis, também são variaveis os seus produtos, ou seja, o conhecimento que da experiencia retiramos. Então, tudo isto confere ao conhecimento uma dimensão mutável e variavel. Deliciosa a descrição...

Mas tudo isto para nos explicar a especificidade do facto histórico e o porquê ser tão dificil dizer o que é verdade, o que é mentira e o que é fantasia quando de história falamos. O livro é, obviamente, sobre história... Mais precisamente sobre uma pedaço de história, sobre o século XVIII português e é escrito originalmente por um oficial britânico que naquele periodo esteve ao serviço de Portugal.

O que o livro tem de valioso, se formos capazes de olhar para a sociedade actual e brincarmos um pouco com os nossos "vicios" e "defeitos", é que mostra pelos olhos de um forasteiro a cultura portuguesa em traços que ainda hoje se reconhecem na forma como nos organizamos. É por vezes brutal a forma como são descritos alguns comportamentos, chega mesmo a ser insultuoso a forma como são escritos alguns traços do nosso povo, mas vale mesmo a pena...

Eu li-o e apreciei bastante o retrato social feito pelo oficial, não tanto por acreditar no que é descrito, mas por me identificar com alguma da sua história, por me fazer sentir português e, acima de tudo, fazer-me pensar e rir na nossa sociedade e nos nossso costumes... Por ser um olhar critico, um olhar visto de cá, por alguém que vem de fora...

O livro é de Arthur William Costigan e chama-se "RETRATOS DE PORTUGAL - Sociedade e costumes".

domingo, 8 de abril de 2007

Pensar as instituições II

É relativamente unanime e consensual a ideia de que os pais estão cada vez mais necessitados de ajuda na dificil tarefa que a educação das crianças representa nos tempos que correm. Não por manifesta malvadez das crianças ou incompetência dos projenitores, mas por causa das circunstâncias que contribuem para que as crianças pareçam mais malvadas e os pais mais incompetentes.

Se 99,99% dos miudos não são efectivamente maus miudos e se, por outro lado, 99,99% dos pais não são de facto maus pais, como é que se entende este fenómeno crescente de indisciplina nas escolas e familias? Como se justifica que filhos ditem regras em casa e pais sejam subjugados às tiranias de crianças de 2 anos? Como entender que crianças de estatura "minimal" levantem a mão aos pais e imponham a sua força?

Não sei se conseguimos encontrar soluções e respostas "standard" para este problema que, de facto, afecta com um vigor crescente a forma como a sociedade se organiza e se pensa. Os pais estão realmente perdidos na ambiguidade que se criou em torno da fronteira entre disciplina e ausência desta. Os limites, ou a noção de limite está disturcida, os pais não reconhecem o que é esperado ou não que as crianças façam. A escola não sabe como dizer aos pais que os limites começam em casa e demite-se do seu papel, o papel de educadora.

Não se percebe onde, nem quando, mas, erradamente, passou-se a mensagem de que é errado frustar as nossas crianças, que o não é prejudicial ao seu desenvolvimento e, mais grave, que o choro é um fenómeno contra-natura. Os efeitos, ou consequências, do impacto que uma birra provoca numa familia são devastadores - pais desorientados, crianças a gritar e... birras satifeitas, crianças silenciadas até à próxima, até ao próximo "eu quero!".

É evidente que a estrutura familiar mudou, os filhos "exigem" os ténis de marca, os pais envolvidos nas suas tarefas laborais perdem o tempo de qualidade e esquecem-se da importancia dos momentos a sós com as crianças, dos momentos de partilha, da leitura de histórias, do brincar. Muitas vezes absorvidos por um sentimento de culpa, os pais acabam por comprar os seus filhos, sem se aperceberem que os juros serão altos, demasiados altos para que possam continuar a atenuar a sua culpa satisfazendo os caprichos das crianças.

Tudo isto origina uma falta de critérios na maneira como se educam as nossas crianças, existe um sistemático empurrar de responsabilidades entre as instituições educativas e a "instituição" familia. A escola atribui às familas a responsabilidade pelos "defeitos" dos seus novos utentes e as familias culpam as escolas pela incapacidade que estas têm em resolver e remendar os "defeitos" dos seus filhos. Neste jogo de ping-pong, quais jogadores chineses, as crianças continuam a pedir ajuda, a pedir que alguém ou alguma coisa os contenha, lhes mostre um mundo organizado e com rotinas, um mundo em que existe espaço para ser criança, para crescer dentro de limites e onde os valores, direitos e deveres surgem de forma estruturada pela naturalidade do seu desenvolvimento.

Como tive oportunidade de referir recentemente, privar as crianças de uma educução de qualidade nos mais diversos contextos educativos é expô-las a uma forma preversa de maus-tratos, permitindo que as crianças se desenvolvam em pequenos ditadores, adolescentes delinquentes e mais tarde adultos incapazes de resitir às contrariedade e frustações que a vida em sociedade acarreta. Privar as crianças de estratégias resilientes é torná-las em pequenos tiranos senhores das suas vidas e das vidas alheias.

Sabe-se que quanto mais precoces forem os comportamentos de oposição e desafio maior é a probabilidade do comportamento anti-social se tornar crónico. Na mesma lógica, quanto mais precoce for a intervenção, maior a probabilidade de prevenir esses comportamentos. É importante que se reconheça esta dificuldade que a sociedade tem em lidar com estas crianças e perceba que os problemas de indisciplina deixaram, há muito tempo, de ser exclusivos de ambientes sociais desfavorecidos e, que pelo contrário, assumem contornos preocupantes em toda a nossa sociedade.

Não é suficiente intervir no sentido de melhorar exclusivamente as competências das crianças, ou dos pais, ou dos educadores, é fundamental que todas os contextos se envolvam na resolução deste problema, procurando melhorar práticas e oferecer melhores respostas...

As crianças agradecem...

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Uma crise de identidade(s)?

Não há muito tempo, num daqueles dias quentes e solarengos de Março, fui almoçar a Lisboa, ao seu coração. Tive oportunidade de deambular, depois de uma bela refeição com o tejo como pano de fundo e a companhia de uma amiga de longa data, pelas ruas da baixa, chiado e do velhinho bairro alto.

Habituado ao cenário destes mesmo lugares durante a noite fiquei a pensar na espantosa diferença que se encontra na forma como as pessoas, as mesmas e outras que durante a noite animam Lisboa, se fazem mostrar.

O próprio bairro alto, local onde tantas e diversas identidades se encontram, tranforma-se numa clara afirmação do lugar comum que nos refere a mundança do dia para a noite. Os bares e a gentes que deambulam pelas ruas dão lugar a uma variedade de lojas e espaços lounche onde vestuário e penteados se cruzam, onde comprar roupa e lanchar acontece num mesmo lugar, onde a diversidade da oferta é tanta como a diversidade de quem procura.

Ao entrar numa dessas lojas deparei-me com um imenso conjunto de objectos que pareciam retirados de uma tempo antigo, associados a uma expressão cultural especifica, a uma história. Roupas, sapatos, penteados, maneirismos e expressões que viveram noutros tempos. A estravagância com que as diferentes expressões se misturam, tocam, cruzam num tempo tão global e diverso é absolutamente deliciosa.

Para além da diversidade dos serviços, também os conteudos, as formas nos fazem viajar até outras decadas, não uma especifica, mas várias misturadas num século que agora começa. Dizem-me que é o natural movimento ciclico das coisas, que é a reciclagem que de tempos em tempos fazemos do bau das recordações para reviver num tempo presente excessos e histórias de um tempo passado.

Mas eu questiono-me, será?

Questiono se este pluralismo de formas e conteudos de outra hora se devem, por um lado, à abertura do mundo a uma globalização que faz a informação, conteudos e histórias de hoje se misturem com a informação, conteudos e histórias de outros tempos, ou se, por outro, esta diversidade, esta "aculturação" não é mais do que o resultado de uma vazio ideológico, de uma falta de identidade que nos leva a procurar referências antigas e distantes...

Referências que nos faltam...

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Pensar as Instituições

Vivemos tempos contorbados e de dificeis definições nos diversos campos de intervenção educativa. Num periodo em que os sinais do Governo são inequivocamente contorversos e por vezes incoerentes e contradiórios no que diz respeito à educação, as crianças, para quem deviam ser pensadas as escolas e outros serviços educativos, estão cada vez mais sós e isoladas nas batalhas e dificuldades que se lhes deparam.

A realidade de quem educa é diferente de quem decide.
A realidade de quem decide é diferente de quem estuda.
A realidade das crianças é a que menos conta neste processo de sistemáticos equivocos...

Cair na crítica fácil pode ser uma tendência de quem vive e procura, com humildade, pensar a "nossa" educação. Igualmente, pode-se cair na terrivel asneira de culpabilizar indiferenciadamente os agentes educativos através de atribuições externas de responsabilidades. Aceitamos a paixão que o tema suscita e afastamo-nos de uma postura que deveria receber das nossas Universidades o que elas produzem, em termos de "saber", e continuamos a cometer os erros que os outros, antes de nós, já cometeram. Mais grave é continuarmos a incorrer nos mesmos erros (repito: que outros já cometeram) sob a desculpa de serem erros normais do percurso essencial da nossa eternamente jovem democracia. A verdade é que já não é assim tão jovem...

Diz-nos a psicologia que a capacidade de aprender com os erros, sejam nossos, ou de outros é uma sinal inequivoco de intelingência, talvez seja a adapatação de que Piaget nos fala e que os étologos reforçam. Mas de adaptação vê-se pouco...

Ao afastarmos-nos do "pensar", "diferenciar", "equilibrar", aproximamo-nos do "racionalizar", "racionar", "cortar", afastamo-nos da qualidade a que uma "cultura de criança" nos exige e aproximamo-nos da indiferença pelo que fazemos do nosso futuro.

A sociedade é vitima de sistemáticas e violentas mudanças que não só nos afectam diariamente como se dão a um ritmo fernético e avassalador. A flexibilidades das nossas estruturas é escassa e perante tamanha exigência que o ritmo da modernidade nos coloca, são grande as dificuldades para não colapsarem.

É importante que os educadores se pensem e recoloquem perante as dificuldades, que garantam às nossas crianças um educação de qualidade, respeitando as dificuldades que os ritmos de hoje nos colocam, mas nunca esquecendo que numa "cultura da criança", o dever principal é educá-las. Privá-las deste direito é negligenciar o "outro", é, efectivamente, uma forma preversa de maus-tratos...

segunda-feira, 26 de março de 2007

O porquê da limitação...

A relação que cada um de nós tem com o "saber" varia, como tudo o que nos diz respeito, de pessoa para pessoa.

Eu quero saber muito e de tudo um pouco, pela curiosidade natural e pela vontade e desejo de que poucas coisas me passem ao lado. Acontece que nesta busca de saber mais coisas sobre as mesmas coisas não nos apercebemos da quantidade de outras coisas que não sabemos simplesmente por não as conhecemos, ou melhor, porque as desconhecemos...

É nestes momentos de consciência que me deparo com a terrivel frustação de tantas coisas que desconheço. Mais dificil se torna esta relação quando por impossibilidade encefálica e temporal sou obrigado a fazer escolhas, a afunilar um caminho que preferia largo e vasto...

O "saber" que ultrapassa o senso comum é dificil de apropriar, requer tempo, dedicação e obstinação... mais dificil se torna quando sabemos que há muita coisa que desconhecemos, um desconhecimento de não conhecer, não de não saber...

domingo, 25 de fevereiro de 2007

Diz o publico...

INQUÉRITO CONCLUI QUE HÁ MENTALIDADE PERMISSIVA EM RELAÇÃO À CORRUPÇÃO!

e Socrates (2007) diz que a promoção de igualdade e da não discriminação é para levar a peito com sentido de responsabilidade, comprometendo-se a uma mudança estrural, depressa e com garantias.

e eu pergunto: COMO?

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Sunitas, Xiitas, Sectarismos, Chauvinismos e Proselitismos - Dicionário prático para o conflito no Médio Oriente

Hoje em dia somos sistematicamente bombardeados com termos cujo o entendimento imediato, pelo menos para a maioria, nos escapa.

O conflito alargado no médio oriente arrastanda-se indefinidamente pelo tempo e com ele surgem noticias diárias de atentados e virgens prometidas a jovens sectários (do latim sectariu, entenda-se: membro fanático e intolerante de uma determinada seita ou facção religiosa).

Este sectarismo (de sectário) é alimentado, com especial incidência depois da pressão dos Estados Unidos contra o programa nuclear iraniano, pelo conflito histórico de duas facções/leituras do Islamismo, os sunitas e os xiitas. Ao que parece as primeiras divergências remontam ao sec. VII quando sunitas e xiitas entram em desacordo relativamente ao sucessor do profeta Maomé. Desde então as diferenças na forma de "viver" o islamismo têm-se acentuado. Os sunitas consideram os xiitas infiéis e hipócritas.

Acontece que sunitas e xiitas encontram-se espalhados pelos paises muçulmanos do Médio Oriente e herdam da história o peso do conflito entre o Império Otomano (sunita) e o Império Safávida (xiita). Toda esta história de conflito originou divisões no território e na distribuição de sunitas e xiitas pelo Médio Oriente.

Iraque, Bahrein e Irão são paises maioritariamente xiitas, ao contrário da Arábia Saudita, Egipto e Libano, onde esta comunidade representa uma pequena minoria submetida ao chauvinismo (entenda-se: patriotismo exarcebado) dos restantes arábes.

Outro facto histórico relevante para compreender a actualidade do mundo árabe é a revolução islâmica ocorrida em 1979, no Irão, considerada por muitos um ressurgimento xiita. Actualmente o Irão tem vindo a ganhar expressão e está nas bocas do mundo pelo seu, esperemos, hipotético poderio nuclear. Refugiando-se num falso receio que esta ascensão conduza a um proselitismo (entenda-se: converter um povo a novas doutrinas, seitas ou religiões), os paises maioritariamente sunitas incenticam esta crispação com os xiitas.

Contudo, é possivel fazer uma leitura mais realista, mais actual à luz dos factos e que Hassan al-Saffar, teólogo xiita, sintetiza da seguintes forma: "Existe uma campanha contra os xiitas. Por que razão se está a fomentar todo este sentimento anti-xiita numa altura em que os estados Unidos estão a tentar pressionar o Itão devido às suas ambições nucleares?".

Também Hassan Nasrallah, inimigo declarado do estado de Israel e lider do Hezbollah, é xiita.

Será que toda esta instabilidade se deve a influência externa? Qual o interesse dos Estados Unidos e Israel neste conflito entre muçulmanos? Porque ficam Arábia Saudita, Egipto e Jordânia (aliados e parceiros económicos dos Estados Unidos) impávidos perante tanta instabilidade e conflituosidade?

Já diz o povo: "Dividir para conquistar".

domingo, 18 de fevereiro de 2007

Público novo ou novo público

Terminei de ler o Público de Domingo.

Esperei uma semana até me pronunciar sobre o novo grafismo, a nova organização e o novo formato do jornal "Público". Esperei, por diversas razões. A primeira prendia-se com o facto de desejar ter uma panorâmica do que será o Público ao longo da semana, de que forma o seu novo formato alteraria a organização dos conteudos, o painel de comentadores, a sua coerência e a sua "arrumação". Habituado ao cuidado e rigor dos conteudos publicados, a segunda razão prendia-se com o desejo de confirmar se ao novo formato se juntaria um novo conteudo, mais disperso, menos aprofundado. Finalmente, esperei para ler todos os comentadores - novos e antigos - e verificar de que forma enriquecem, ou não, o Público Novo.

Pessoalmente, gosto do Público novo. O jornal surge agora mais "arrumado", com o mesmo rigor e mais atraente ao olhos que lêem. O novo caderno P2 contribui significativamente para esta alteração, com reportagens actuais, sugestões diárias para a ocupação dos tempos livres (fora e dentro de casa) e mais importante, tudo muito bem arrumado num único caderno.

Os comentadores pouco alteram e as suas opiniões, naturalmente, mantém-se suas e dentro da mesma linha, alguns coerentes, outros confusos e outros ainda, do contra. Mantém-se os
"todolgos" (expressão de uma antigo professor meu), surgem alguns irónicos e melhora-se o editorial.

Porque sou um leitor assiduo e porque de facto gosto de ler o jornal de ponta a ponta, gosto deste Público novo e estou convicto que cativará, com toda a certeza, um novo publico.

sábado, 17 de fevereiro de 2007

Sitios onde estive...


Relembro agora sitios por onde passei...

Melgaço, no ano de 2002, terra de boa gente e acima de tudo de muito bom vinho, alvarinho pois claro...

Ali tão perto morreu uma criança vitima de maus tratos... Foi em Monção no nosso Portugal!

A conclusão da investigação realizada pelo Ministério Público indica que as Instituições de protecção de menores do Estado “funcionam de forma desarticulada e, em vários casos, desprovidas de técnicos competentes para o efeito”.

A mãe da menor continua em prisão preventiva, o pai encontra-se em liberdade...


E a menor, essa, está morta...

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Descoberta

Descobri ontem, acidentalmente, nas minhas deambulações pela web a revista Sisifo.

Recomendo a sua leitura a todos cujo tema educação interessa, não só pelos conteudos como por quem os partilha. Desde a escolha do nome, cuja explicação é bastante interessante, até à riqueza dos contributos dos diversos intervenientes, a revista apresenta-se pertinente, actual e acima de tudo, rigorosa - algo que vai faltando por cá...

segunda-feira, 1 de janeiro de 2007

Novo Ano

Vem ai um novo ano...

Para quem vive por aqui, entenda-se terras Lusas, a vida não está fácil nem se advinha fácil para os próximos tempos. Bem sei que existem males maiores e que de todas as dificuldades e catástrofes do Mundo, as dificuldades dos Portugueses não podem ser comparaveis, não estamos em guerra nem vimos as nossas gentes morrerem com fome...

Contudo, como Português que gosta do seu pais e que ama viver por cá, não posso deixar de me importonar, incomodar com a falta de senso institucional e com a escassa solidariedade enraizada na nossa jovem e ainda antiga sociedade... Como pode ser jovem e simultaneamente antiga? Bom, isso seria uma outra questão que nos levaria muito tempo e energia a discutir.

Mas voltando ao que de mais enraizado encontramos na nossa sociedade, temos um príncipio geral, tranfersal e, eu diria até Universal, o princípio de que o que realmente importa é o lucro, o luxo de uns sem se ter em conta as dificuldades do outro. Como se justifica que sejamos um pais não muito rico, mas ainda assim o 4º em que a diferença entre os mais ricos e os mais pobres é a maior? Como se compreende a canalhice que Governo e Camâra de Lisboa fizeram aos Lisboetas e Portugueses em geral, fazendo-nos pagar, dos nossos bolsos, uma idmenização por capricho ou será que não foi capricho e não havia outra coisa a fazer? Resta saber por e para quem? Como se pode compreender que a ministra da Educação não perceba que divide e segmenta o bem mais precisoso que temos como cidadãos, ter acesso a uma educação livre cujos seus agentes trabalham para as crianças e não um sistema educativa em que as crianças e jovens são somente algo necessário para que alguém se possa alimentar... Esqueceu-se do bem mais precioso para negociar com os professores, ouvi-los, e acima de tudo ouvir os alunos e deixá-los que, dentro do bom senso, sejam eles a escolher os caminhos e opções que podem e devem seguir.

Mas nem só aqui se vai lixando o mexelhão, os Bancos anunciam lucros inegualáveis em qualquer outro sector comercial e financeiro, ainda assim queixam-se de pagarem impostos altos, embora continuem abaixo do que eu ou qualquer outro português paga. Não flexibilizão o crédito habitação, não pensam em parcerias que possam ser lucrativas para jovens licenciados que pretendam iniciar um pequeno negócio, aplicam taxas de juro elevadissimas como se não pudessem fazer outra coisa... Hipócritas!

Os combustiveis também aumentam, quando a tendência tem sido a baixa dos valores do barril de petróleo. As petroliferas vivem numa especie de comunidade secreta em que os preços são todos iguais, sem que a liberalização dos combustiveis tenha efectivamente chegado ao nosso pais. Quando se deu o aumento vertiginoso dos barris também as petroliferas foram celeres a aumentar o valor dos combustiveis, agora que se mantém algum tempo estável e com relativas baixas a tendência foi baixa um pouco para agora voltar a subir...

Mas isto são só alguns exemplos de alguém que nada percebe, que nem totolgo é como os senhores que vemos na televisão discutir tudo e mais alguma coisa, a verdade é que ninguém faz nada e eu como cidadão só posso, infelizmemente, não ficar calado...