segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Enquanto se discute o futuro, ignora-se o presente...

Na última semana, sem conseguir precisar (por preguiça de contabilizar quantas foram ao certo) deram à estampa na nossa comunicação social diversas notícias que envolviam directa ou indirectamente o estado da educação e, mais concretamente, da infância no nosso burgo.

A mais angustiante é indubitavelmente a que refere que hoje em dia, o abuso de menores pela prática de prostituição, na maioria por lenocínio, passou das ruas para estabelecimentos fechados, nomeadamente motéis. Mais, a notícia avança que os encontros, são, na sua maioria, marcados pela internet através das redes sociais ou por sms. É MESMO impossível controlar este fluxo comunicacional? Há estados que "vigiam" cidadãos por referirem em mensagens escritas palavras como "terrorismo" ou "Bin Laden", e nós não conseguimos MESMO, ou falta-nos vontade? Sinceramente não sei...

Idigna-me que estejamos a brincar aos orçamentos, às revisões constitucionais, discutindo o suposto futuro sem que os nossos políticos tenham a hombridade de perderem o egocentrismo provincial que os caracteriza (adoram ouvir-se) e tenham a coragem de olhar de frente para um problema sério que representa práticas devastadoras para vítimas. Sendo que neste caso as vítimas são crianças, esquecem-se que, sem crianças física, psicológica e emocionalmente sãs, dificilmente conseguirão que o futuro que tanto prometem e preconizam se concretize.

Crianças desprotegidas dão, invariavelmente, adultos prevaricadores, uns por perversidade (poucos), outros por sobrevivência, alguns por doença... a verdade é que sem cuidar do presente não teremos futuro.

Para quando uma política para a infância?

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