quinta-feira, 25 de agosto de 2005

Conversas de Carro 2

Desta vez a viajem foi por terras algarvias. Infelizmente deparei-me com a triste realidade de ainda hoje existirem em pleno céu aberto fossas que transformam qualquer ambiente por perto simplesmente intransitável. Pois bem, enquanto conduzia a caminho de uma praia pouco invadida pelos turistas estrangeiros e portugueses que insistem em trazer a casa às costas quando é suficiente apenas uma toalha, um crema e vá uma sacola para uma ou duas sandes de courato e presunto. De volta ao caminho... Em pleno território "fossal" um jovem Eng. refere que o cheiro só nos era desagradável porque nos ensinaram assim culturalmente. Ou seja, se nos tivessem ensinado que o cheiro a merda é agradável, hoje provavelmente existiriam perfumes dessa respectiva matéria. Já Bruner dizia que existe uma dimensão fundamental para a compreensão do homem, a dimensão cultural e que nem sempre temos o cuidado de incluir esse prisma nas análises que fazemos dos nossos comportamentos. Limitamos o homem a uma dimensão biológica e psíquica. A verdade é que se hoje algumas das "normas" sociais nos são passadas assim é porque fizeram sentido em determinada altura e porque alguém as sentiu dessa forma. Se assim é será que alguma vez os maus odores poderiam ser considerados bons? Alguém se imagina a sair de casa para uma daquelas noites em que queremos estar particularmente bonitos e cheirosos e chegada a altura de escolher o perfume optar por aquele que nos faz lembrar uma ida à nossa casa de banho?

1 comentário:

Anónimo disse...

A chamada conversa de mer.... ;)