domingo, 15 de novembro de 2009

A força de uma gargalhada

Num daqueles dia em que a cama acorda com picos, bem cedo, fui ainda "dormente" do quarto ao sofá da sala. Quando lá cheguei, estava já a televisão ligada, exibindo um filme gravado à meses atrás. As Pontes de Madison County.
O preconceito, associado à "rabugentice", fizeram-,e desconfiar e querer voltar para o quarto... só queria dormir.
Enquanto pensava nisto, há um baú que é aberto e nele encontram-se três diários à espera de serem lidos. Tudo mudou! A cama deixou de apelar tão intensamente e acomodei-me, cavado no sofá, tolhido por um filme que o preconceito nunca me deixou ver...
Em toda a história, de amor, evidentemente, percebe-se o toque do "jovem" Clint Eastwood realizador que prende e cativa, como no principezinho. Eu pensava que era sobre guerra... reminiscências da "Ponte sobre o rio Kwai" (acho). Coisa de ignorante, de quem desconhece...

Há uns dias , semanas talvez, disseram-me que mais importante do que reter nomes, histórias completas, planos, prémios ganhos ou ideias conceptuais associadas à música, teatro, cinema, dança ou outra qualquer forma de expressão, o que realmente nos coloca num local de partilha com os outros é a "verdade" (sempre subjectiva) que as coisas (estas coisas) nos fazem sentir. São os pequenos fragmentos que permanecem e nos acompanham...
O que permanece é a força do rir, com vontade, de uma mulher a ouvir um homem enquanto viajam, embrenhados, nas palavras um do outro.
Fez-me sentir, naquele mesmo instante, como é bom ouvir, ver e sentir o riso de uma MULHER!

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