quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Leitura... Um hábito imprescindível

É mais ou menos consensual que o Plano Nacional de Leitura foi uma boa medida, útil para trazer a público a necessidade mudar os hábitos leitores dos portugueses.
Aparentemente, de acordo com um estudo que será hoje apresentado na 3ª Conferencia Internacional do Plano Nacional de Leitura na Fundação Calouste Gulbenkian, José Morais avança que falta hábitos intensivos de leitura às nossas crianças. Prática que o PNL procurou promover, tornando a leitura uma actividade mais mediática e apelativa aos jovens.
Os resultados que agora vêm a público mostram e comprovam aquilo que intuitivamente já se percebia no trabalho directo com os miúdos e com os professores. Os resultados obtidos não são totalmente conhecidos e é a maioria das pessoas desconhecem as metodologias e formas de recolha dos dados do estudo agora avançado. Naturalmente que esta discussão levar-nos-ia a uma análise mais fina de algumas das considerações avançadas, nomeadamente, no que está por trás dos "cerca de 40 testes, de leitura, compreensão e escrita adequados a cada ano.". Será que os 40 testes estão num nível de significância suficiente para que as crianças lhe atribuam significado e compreendam o que lhe é pedido nas diferentes provas?
Em Julho, tive oportunidade de participar na 16th European Conference on Reading, que teve lugar em Braga. A primeira sessão plenária ficou ao cargo do professor Jacques FIJALKOW, da Université de Toulouse-le-Mirail, com o título !Is it possible to efficiently teach reading and writing to all 5- to 7-year-old children?". A riqueza da comunicação, que traduziu anos de Investigação em França, com crianças apontadas como tendo dificuldades na aprendizagem na Leitura e Escrita, aponta algumas sugestões para aumentar os resultados dos alunos na leitura.
A que mais me encantou, pela sua simplicidade, são os momentos de leitura individual em que TODOS (incluindo o professor) lêem diarimamente durante 15 minutos na sala de aula um livro, um texto, uma noticia, algo significativo. Nota importante, TODOS, são mesmo TODOS, ou seja, o professor não aproveita para preencher sumários ou corrigir fichas, oferece-se como modelo... como os alunos, descobre a leitura e envolve-se na tarefa.
Isto de mandar os outros ler porque é bom... Só, não chega!

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