quarta-feira, 2 de maio de 2007

Era uma vez...

No meu trabalho, ou pelo menos num dos meus trabalhos, tenho a oportunidade de acompanhar de perto o crescimento e desenvolvimento de 12 crianças cuja sorte lhes foi madrasta e que pouco a pouco lá vão recuperando a esperança de um projecto de vida que lhes devolva a tranquilidade necessária para crescerem, para "serem".

De todos os momentos do dia, entre o levantar, o lanche, os trabalhos de casa, a brincadeira e o deitar, o último é aquele de que gosto mais. É ao deitar que os fantasmas se vão embora e dão lugar ao sonho, ao sonho que é acompanhado por uma história e outra e mais outra... Dou-lhes a fantasia para "viverem" uma outra história, que pode muito bem vir a ser deles. Os corpos agitados dão lugar a uma respiração profunda e a um pestanejar cada vez mais lento, mais pesado... Embalam na fantasia que lhe deixo à porta...

4 comentários:

Sereia disse...

és mágico...:)

Vanda disse...

São vidas muito complicadas as de alguns meninos e meninas, mas pelo menos enquanto são crianças, conseguem não perder a capacidade de sonhar.

maresia disse...

Sabes que há madrastas melhores que certas mães?

Cerejinha disse...

:-)Isso sim, são "sonhos de algodão doce"